segunda-feira, 30 de maio de 2011

Crônica e conto - Onde está a diferença?

É muito comum confundir-se na hora de distinguir conto de crônica. Aos olhos despercebidos e apressados, as duas são a mesma coisa. Porém, existem peculiaridades que tornam evidente a diferença entre os dois gêneros.

A crônica difere do conto principalmente no que tange à veracidade do que foi narrado. A crônica aborda fatos, e o que acontece no dia-a-dia do autor é a principal fonte da criação do texto.

O conto é mais despreocupado, não precisa ter tempo nem espaço definidos, e pode ser fruto da imaginação do autor apresentando muitas vezes o elemento fantástico, situações pouco prováveis na vida real.

Quanto ao fato de algumas crônicas apresentarem a voz do próprio autor, o escritor Affonso Romano de Sant’anna afirma que o cronista “ pode e deve falar na primeira pessoa sem envergonhar-se”. E afirma ainda que o “eu” do cronista assemelha-se ao do poeta, pois tem utilidade pública (SANT’ANNA, Affonso Romano de. In: Porta de colégio e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1995,p. 4.).

Só para deixar mais claro: A crônica oscila entre literatura e jornalismo, é geralmente escrita ás pressas, trata de algum momento do cotidiano de quem a escreveu, tendo claro um toque pessoal do autor. Já o conto é mais fechado , apresentando um só conflito ou ação, sem preocupação com tempo, espaço, ou mesmo constatar a veracidade do que foi apresentado na história.

até a próxima!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

(Loan Leblon)

Vivemos nesses dias disfarçando nosso olhar
Ao cronômetro da vida que está prestes a zerar
Vejo o sol a terra e o mar, nossa vida nosso lar
Os fantasmas nas ruínas da sede de dominar
O que nos custou a construir, o que nos resta pra cuidar.
O que nós vamos dizer quando a próxima geração chegar
Como vamos explicar? O que vamos lhes dizer?
Destruímos o seu mundo então se vira pra viver?

Não haverá mais paz
Não basta ter idéias é preciso funcionar
Sempre que se lembrar
Da própria extinção que ajudou a planejar
Não haverá mais paz
A paz na consciência pra que possa se lembrar
De que você esteve aqui, mas não deixou a sua cama,
Pouco importa o amanhã onde vamos estar.

E aqui estamos nós vitimas dessa coalizão
Dessa sede de poder concentrada em uma só nação
Em suas cabeças infernais, procurando em seus planos banais
Novas formas de dominar nossas reservas naturais.
Quantos mais irão gritar? quantos irão agoniar?
Quantas lágrimas secaram censuradas de chorar?
No dilúvio desse mar de inconsciência desse ser
Que se chama ser humano ou pelo menos deveria ser.....

Assim uma chance surge para adiar o fim
Do que vem pra mim
Vou me proteger, quem sabe assim o tempo passa pra que eu possa ver
Que o que nos resta é o que temos que buscar
Mas então por que tudo o que temos
Insistimos em renegar....

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Toda canção sobre você

Havia tanto pra se ver...
Mas não havia tanta vontade de sair daqui
Onde cresci e firmei os meus pés, que já não andavam mais
Mas você me tirou do chão
tão suave, tão você
me levou pro seu mundo
Tão novo, tão seu
precisei procurar você em todos os meus dias
Precisava respirar você todas as horas

E é por isso que toda canção me lembra você
que tão incrível pra mim
Por isso prometi você
Por isso prometi você pra mim

Coisas como olhar as estrelas,
e andar pelas ruas sem saber o porque
Via as estrelas pra ver você,
Andava pelas ruas porque imaginava que você estaria logo ali a frente

Imaginava quem poderia ser você
que tanto me iluminava, e me jogava pra frente.
Me imaginava te abraçando,
um abraço sem fim, sem medo, de verdade.

E é por isso que toda canção me lembra você
é incrivel demais pra mim
por isso prometi você
por isso prometi você pra mim.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Cortiço - Viveiro de Larvas Sensuais

Este é o mais expressivo romance naturalista brasileiro, publicado em 1890.
Uma ampla galeria de tipos humanos desfila pelas páginas desse romance: lavadeiras, operários, prostitutas, mascates. Todos representantes de uma população marginal que vive num ambiente desagradável e corruptor.
O Cortiço parece ter vida própria, determinando o comportamento de seus habitantes.
É o caso de Pombinha, menina pura e simples que, não resistindo ás pressões do meio acaba por se prostituir, ou ainda Jerônimo, aldeão português que vem morar no cortiço com a mulher, Piedade, e a filha e é arrebatado por uma paixão sensual por Rita Baiana, abandonando a família e a vida regrada que tinha.
Muitos personagens passam por essa história, tendo sempre o próprio cortiço como prsonagem principal.
livro na íntegra : http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/port/o_cortico.htm

Boa leitura, e até a próxima!

Universo da Língua

Loan Leblon, graduação em Letras-Português pela Universidade Católica de Santos-SP.

Bom galera esse blog está aberto para todos os que apreciam o universo da leitura.
Análise de livros, dicas, recomendações e críticas que façam sentido são bem vindas.